segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009



foto de hfm - Londres Regent's Canal


Falo-te das cavernas onde se acobertam as sombras
do frio que conduz os sentimentos
da pedra que canta memórias
do musgo de um tempo com tempo
falo-te dos dias a haver
e do ciclone rasgando horas

na tua voz desassossegada
há rios e a melodia dos silêncios

aí se solta o eco.


HFM - Lisboa, 8 de Fevereiro de 2009


16 comentários:

Fred Matos disse...

Belíssimos: texto e foto.
Beijos

Licínia Quitério disse...

As cavernas onde as falas e os ecos se abraçam. Muito bonito.

mfc disse...

Como a nostalgia pode construir amanhãs de esperança!

Anónimo disse...

O eco de um tempo sem tempo... Abraço

Graça Pires disse...

Um tempo com tempo. A melodia de silêncios onde o eco se solta. Lindíssimo, Helena. Um beijo.

Eduardo Graça disse...

O ritmo e o resto ...

Justine disse...

Soberbas fotos (a do mar no post abaixo, e esta), que são como o eco das tuas palavras "desassossegadas"...

Teresa Durães disse...

a natureza tem o dom de renascermos

Eme disse...

E que doce o falar da melodia dos silêncios.

Um beijo

vida de vidro disse...

Um eco poético belíssimo! E que bela foto! **

Manuel Veiga disse...

"os dias a haver
e do ciclone rasgando horas...

esses sim - soltam o eco!

belíssimo

addiragram disse...

Muito bonito!Deu-me mto prazer ler.

argumentonio disse...

de mar a mar se acobertam ecos
rios de afecto sussuram o olhar
um impulso poderoso e tradutor
passa a fios de escrita um tal esplendor
eis o poder da arte feita amor

© Maria Manuel disse...

bela maneira de dizer o lugar e o tempo.

Ad astra disse...

sem sombras...

porque é de luz este poema!!!

Ad astra disse...

já te disse o quanto gosto deste poema?

toca-me fundo,
lá onde os barcos naufragam...