sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sem título


Quando o silêncio não sorve a distância
e da noite nem as palavras
partiram
o medo cresce na manhã
por entre os ramos dos plátanos

angústias de um grito contido.

HFM - Berlim, 12 de Maio de 2009



8 comentários:

Ad astra disse...

há silencios
e
silêncios...

e há (a)manhãs onde o sol espreita por entre os ramos de uma outra àrvore qualquer

8wmd

Teresa Durães disse...

esses gritos contidos dão realmente bastante angústia. Só resta esperar um outro silêncio qe liberte

. intemporal . disse...

...um grito tantas vezes de alerta, em res.guardo num silêncio contido...

lind.íssimo.

um bom fim de semana.

um abraço.

Ilidio Soares disse...

Não sei o pq, mas eu simplesmente parei aqui "o medo cresce na manhã". Fez-me pensar...e muito. bjos

Ana disse...

Libertar o grito, fazer crescer o poema.
Um beijo.

jrd disse...

Nem sempre as palavras da noite suavizam os dias.

© Maria Manuel disse...

todos temos estes medos, contidos.
exprimes isso muito bem.

addiragram disse...

No coração e na memória estão todos os "registos".Deixá-los partir é uma longa e dolorosa tarefa.