segunda-feira, 26 de abril de 2010

O temporal tem a sua melodia. Certo. Mas eu não a descodifico. Falta-me da margem a luz e da onda o tempo exacto em que se quebra. Nem o eco me devolve o significado. Há um apurado sentido de retorno. Um desalinho de sucessões. Um mistério de incompreensões. Palavras escorregando no plano inclinado das congeminações.

Acoito no temporal o dia e deixo que a viagem encontre o caminho.


HFM - Lisboa, 26 de Abril de 2010



7 comentários:

Ana disse...

Tal como as palavras encontram aqui a sua melodia!

J.T.Parreira disse...

Pensei, ao lê-la aqui neste texto, em Turner, um temporal de Tuner.
Abraço.

Anónimo disse...

Que o "temporal" prossiga na paz da Senhora.

Saúde!

Contra calúnias e difamações.

Contra o Fascismo, pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

25 de Abril sempre.

Maria

jrd disse...

Amanhã, a bonança.
Abraço

Ad astra disse...

harmonia pura

mesmo na indecifravel melodia

Mar Arável disse...

Um dia

de novo seremos crianças

sempre em Abril

Manuel Veiga disse...

temporal em registo de jazz, dir-se-ia.

belíssimo.

beijo