terça-feira, 15 de junho de 2010





não, não trago no bolso as palavras. passeiam-se comigo. em mim. transmitem o insólito na pedra de cada som com que as construo. são em magenta estas palavras. calcinaram cores, sangue, espantos e os restos de água com que as embrulho. água do mar, obviamente. salgada. batida. unida nas ondas em que se desfaz.

não, não trago no bolso as palavras - balbucio-as como num acto de amor.

HFM - 12 de Junho de 2010



6 comentários:

douglas D. disse...

mar revolto.
poesia que não acaba mais.

ma grande folle de soeur disse...

belo este texto muito belo obrigada beijos

Márcia Maia disse...

não, não trago no bolso as palavras - balbucio-as como num acto de amor.

jrd disse...

Palavras sentidas, interiores.

Manuel Veiga disse...

palavras plenas. de vida...

beijos

Ana disse...

É na alma que trazes as palavras.