sexta-feira, 3 de junho de 2011








Lembras-te do cabo por onde rasava o nosso olhar? Perto da serra e do mar. Na fímbria das mãos e do frio. Onde o sol era rubro e o poente um acaso. Recordo as sílabas. As palavras. E, como uma promessa, deixo que o sol recorte, em contraluz, o meu perfil. Estático. Presente. Presença. Uma rajada de vida no mimetismo do instante.






HFM - Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011

7 comentários:

Graça Pires disse...

Memórias. Olhares. Poentes de fogo a queimar a voz....
Um beijo, Helena.

Mel de Carvalho disse...

Tudo acontece e tudo permanece vivo "no mimetismo do instante"

... e aqui fico presa na confluência de uma escrita que tanto me diz.

Permita-me um beijo
Gratidão
Mel

Mar Arável disse...

É verdade

jrd disse...

Que não seja o ocaso da memória no acaso do poente.

Luis Eme disse...

as palavras, a memória, a vida...

beijinho Helena

mfc disse...

Que lindo... tal como o por do sol que subjaz a estas palavras!

Ad astra disse...

as palavras em rajada avivando memórias.

presentes.