No silêncio da manhã
a dúvida
a eterna
pessoana e intrínseca
seca como estas canas
abanando ao vento
junto ao mar
não o mar de Durban
tão pouco o mar salgado
português
apenas o reflexo do sonho
a manta de retalhos
acobertando o sótão da memória
onde instalei a dúvida
socrática.
HFM - Ericeira, Outº 2011