segunda-feira, 30 de julho de 2012


Andam doridas as palavras

no ouvido da cisterna
perseguem-nas o vento.

HFM - Julho 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012



Semiencerrou os olhos e da luz ressaltaram cinco varões, verdes e terras subindo até um céu azul cerúleo a perder de vista.

Deixou-se ficar quieta derretendo no calor de uma tarde que nem a brisa marítima cortava. Indolente. Desprotegida de pensamentos ou dúvidas. Alheada. Acordada de um dormitar que lhe proporcionara evasão. Na ausência dos simples. Sem confrontos. Sem dúvidas. Sem dores existenciais. Num limbo de calor que se perdia no telúrico do que, deitada, avistava.

A ausência que antecede o impacto. O silêncio que interrompe o grito. A fragilidade que trará a força.

E, nem sequer, como antigamente, à sesta se seguiriam as brincadeiras.

HFM - Ericeira, 17 de Julho de 2012


sexta-feira, 13 de julho de 2012


Os azuis acertam-se no confronto da tarde

o sol persegue-os
no trilho das ondas.

HFM - Ericeira, 6 de Julho de 2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

claustro de Aix-en-Provence



uma vaga insana
percorria o silêncio

desaparecera o claustro.

HFM - Junho 2012