terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sem título


 
da Net


Quando o delírio esvoaça
no aperto da madrugada
soltam-se nos labirintos
os fantasmas naufragados

Ariadne estende o seu fio esfarrapado.

HFM - Lisboa, 26 de Novembro de 2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

 
 
HFM
 
 
 
Há uma sucessão incessante no acerto dos dias. Ocupando-me descanso no assombro do tempo e da sua redução. Procuro no finito o infinito e a aparente solidão em que me confino é a solução ou a defesa para um mundo hostil e em que não acredito.
 
Vagueia nos dedos e na interioridade o sentido da transcendência. Oblíquo é o caminho da vida.
 
 
HFM - Novembro 2012

domingo, 18 de novembro de 2012

Diurnos



Para além da sombra existia o sonho num horizonte onde as cores eram claras e o caminho não acinzentava o veludo da manhã.

Soprava o vento no sorriso que nenhuma amarra quebrava. Só o fogo era vida e incerteza.

Humilde postura onde voltara a recriar-me.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012





HFM


Não são as lágrimas que contam, são as contas que os dias não acertam na incerteza da demência. Rasgões azulando a alma na cisterna do esquecimento. Assim, o céu pode estar coberto de nuvens, a chuva já não lavará o indizível.

HFM - Novembro 2012