sábado, 5 de julho de 2014



quando as palavras decidem ter vida
só elas amornam a mão
numa tessitura de labirintos
e silêncios

as palavras criam-se nas letras
e eu tento agregá-las
como um pastor recolhendo o rebanho
mas elas teimam, saltam, dissolvem-se
na liberdade de uma caligrafia ausente...


claros rasgões de inocência
na penumbra dos dias de insanidade.

HFM - Ericeira, 4 de Julho de 2014